Monday, May 29, 2006

Minha Breve Amiga (parte 1)


Esta é a minha amiga chamada Zilda e ela é uma mosca.
Me conhece a tempo pra caramba: 26 dias. Quase sua vida inteira.

Conversando com minha pequena grande amiga Zilda, perguntei-lhe se ela também sentia esse efeito atordoante do tempo ficando cada vez mais curto. Disse-me que por sorte, não sendo ela um inseto, foi dotada de um núcleo cerebral de frequência distinta da minha, o que segundo a Freqüência Schumann, provoca aos vertebrados essa sensação de descompasso progressivo e percepção acelerada do tempo. Não é à tôa, ó leitores que não só os velhos se dão conta disso, mas todo o mundo, pois a frenqência do planeta está cada vez mais acelerada do que a do nosso cérebro, especialmente nos últimos 50 anos. Os dias estão mais curtos e não entendemos porque nosso relógios estão ajustados a essa freqüência, e os dias diminuem mas obedecem a sobreposição dos dias pelas noites num ciclo infindável...

Levando-se em consideração essa questão, arriscaria afirmar que cometemos um grande engano ao dizer que a expectativa de vida média do Homem aumentou nas últimas décadas. Vivemos o mesmo tanto de tempo, só que os dias e noites alternam-se mais ligeiramente...
Só que temos uma vida mais estressada e menos saudável o que provavelmente deve nos matar muito mais cedo do que o previsto.

"Eis a relatividade do tempo", disse-me Zilda. "Enquanto tu aguardas o salário do próximo mês, eu vivo toda a minha vida, contemplando com muita sorte, duas luas cheias." Deu-me um beijo (na realidade uma lambida carinhosa, como as moscas fazem) e saiu voando toda faceira... Era uma senhora da terceira-idade e ainda tinha muito de sua vida pela frente...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home